A suplementação com creatina tem sido utilizada a algum
tempo no meio atlético e de praticantes de atividade físicas recreacionais com
o intuito de aumentar o desempenho em modalidades de força e aumentar a
capacidade de trabalho muscular.
Além desta perspectiva de performance,alguns pesquisadores
tem investigado possíveis promissores resultados desta pratica nutricional para
idosos, para os quais o foco seria evitar ou diminuir as perdas funcionais
inerentes ao avanço da idade.
Esta possível efeito benéfico poderia advir de dois grande
polos sabidamente afetados nessa população e responsáveis pela perda de função,
nos quais a creatina parece ter importantes funções.
O primeiro deles é em relação aos benefícios conferidos em
relação a estrutura e função muscular via utilização de creatina, sendo que
esses benefícios poderiam ser somados aos da prática de atividades físicas
regulares, melhorando as capacidades de força e resistência muscular, afetando
provavelmente o desempenho do idoso nas A.V.Ds(atividades da vida diária).
O segundo e tão importante quanto a questão mencionada acima
são inferências que a suplementação poderia melhorar aspectos cognitivos, já
que a creatina também é encontrada em certa quantidade no cérebro.Apesar da
dificuldade e limitações das pesquisas sobre o tema, é bem possível que a
suplementação desta possa servir como recurso ergogênico também para o centro
do nosso sistema nervoso.
Enfim, apesar da necessidade de mais pesquisas nesta área,
para resolver questões em relação a responsividade dos idosos,os efeitos em
idosos com limitações funcionais e ou doenças pre-existentes, a suplementação
com creatina pode passar de um recurso
ergogenico apenas para o desempenho e tornar-se um importante adjuvante clínico
e terapêutico para prevenir/amenizar efeitos deletérios do avanço da idade.
Eric Rawson