quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Suplementação de Creatina para Idosos


A suplementação com creatina tem sido utilizada a algum tempo no meio atlético e de praticantes de atividade físicas recreacionais com o intuito de aumentar o desempenho em modalidades de força e aumentar a capacidade de trabalho muscular.
Além desta perspectiva de performance,alguns pesquisadores tem investigado possíveis promissores resultados desta pratica nutricional para idosos, para os quais o foco seria evitar ou diminuir as perdas funcionais inerentes ao avanço da idade.
Esta possível efeito benéfico poderia advir de dois grande polos sabidamente afetados nessa população e responsáveis pela perda de função, nos quais a creatina parece ter importantes funções.
O primeiro deles é em relação aos benefícios conferidos em relação a estrutura e função muscular via utilização de creatina, sendo que esses benefícios poderiam ser somados aos da prática de atividades físicas regulares, melhorando as capacidades de força e resistência muscular, afetando provavelmente o desempenho do idoso nas A.V.Ds(atividades da vida diária).
O segundo e tão importante quanto a questão mencionada acima são inferências que a suplementação poderia melhorar aspectos cognitivos, já que a creatina também é encontrada em certa quantidade no cérebro.Apesar da dificuldade e limitações das pesquisas sobre o tema, é bem possível que a suplementação desta possa servir como recurso ergogênico também para o centro do nosso sistema nervoso.
Enfim, apesar da necessidade de mais pesquisas nesta área, para resolver questões em relação a responsividade dos idosos,os efeitos em idosos com limitações funcionais e ou doenças pre-existentes, a suplementação com creatina pode  passar de um recurso ergogenico apenas para o desempenho e tornar-se um importante adjuvante clínico e terapêutico para prevenir/amenizar efeitos deletérios do avanço da idade.
 Até breve,
@Gregnani85
Fonte:Palestra: Creatine Supplementation in Older Adults: The Fountain of Youth?
                               Eric Rawson 

sábado, 15 de setembro de 2012

Meias de compressão

O acessório tem função de comprimir os músculos da panturrilha, promovendo a maior regeneração da área afetada durante a prática esportiva. 

As meias de compressão foram criadas para ajudar a reduzir a sensação de cansaço e peso nas pernas após provas e treinos longos, diminuindo o risco de lesões. As meias têm a função de barreira elástica para os músculos da panturrilha, comprimindo a musculatura e melhorando o retorno venoso, que aumenta o fluxo sanguíneo na região. Por conta disso, há uma maior oxigenação e remoção de lactato, responsável pela regeneração mais rápida da área afetada. As meias de compressão podem ser encontradas em lojas de produtos esportivos, com preços que variam de R$39 a R$190.

Como usar
A eficácia cientificamente comprovada do uso das meias de compressão é dada após os treinos e as provas, para reduzir o inchaço e promover a rapidez na recuperação muscular em 38%, segundo o fisioterapeuta David Homsi. Existem atletas que utilizam as meias antes e durante as competições, mas não há comprovação de que este uso realmente funcione. 

Dica

Confeccionados em série e de forma padronizada, os modelos três quartos podem ser encontrados no mercado nos tamanhos P, M, G e GG, disponíveis nos comprimentos curto, normal e longo. Embora varie de produto para produto, seguidas todas as recomendações de uso e conservação, as meias têm sua compressão garantida de quatro a seis meses, e devem apresentar, no mínimo, 18% de elastano. Acima de 22%, pode dificultar a circulação sanguínea e prejudicar o praticante.

"Um estudo feito pela Celafiscs (Centro de estudo da medicina do esporte, em São Paulo) com triatletas comprova que as meias de compressão só funcionam após o esforço físico. Elas retardam a Dor Muscular Tardia (DMT), e são excelentes, pois a compressão deixa a fibra muscular mais unida, favorecendo a oxigenação e tornando a recuperação mais rápida". David Homsi é especialista em Fisioterapia Esportiva e Músculo-Esquelética.
Até breve,
@Gregnani85
Fonte: http://www.educacaofisica.com.br/index.php/esportes/canais-esportes/outras-modalidades/23531-meias-de-compressao-voce-utiliza-saiba-as-indicacoes-do-equipamento

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Reação aguda do organismo a privação de sono

Autores compararam 15 jovens em condição normal e após 29h sem dormir. Foi identificado um aumento dos glóbulos brancos especialmente à noite. 

Um novo estudo feito por pesquisadores holandeses e britânicos mostra que a privação de sono pode ter os mesmos efeitos do estresse sobre o nosso sistema imunológico.

Os autores compararam 15 homens jovens em condições normais, de oito horas de sono durante uma semana, e após 29 horas acordados. Foram analisados os glóbulos brancos – células de defesa – do sangue dos participantes. As maiores alterações foram observadas em células conhecidas como granulócitos, que aumentaram principalmente à noite.

Os voluntários foram expostos a pelo menos 15 minutos de luz ao ar livre na primeira 1h30 após acordarem e proibidos de usar cafeína, álcool ou medicamentos nos últimos três dias da pesquisa. Tudo isso foi feito para estabilizar o relógio biológico dessas pessoas e minimizar a privação de sono antes do estudo intensivo em laboratório.

Segundo a principal autora, Katrin Ackermann, trabalhos futuros devem revelar os mecanismos moleculares por trás dessa resposta imediata ao estresse físico e mostrar qual é o papel deles no desenvolvimento de doenças associadas à perda crônica do sono. Profissionais que trabalham por turnos e sofrem mais com esse problema poderiam ser os maiores beneficiados.

Estudos anteriores já têm associado a restrição e a privação do sono com o desenvolvimento de doenças crônicas como obesidade, diabetes e hipertensão. Outros também evidenciam que dormir bem ajuda a manter o funcionamento do sistema imunológico.
Até breve,
@Gregnani85
Fonte:http://www.educacaofisica.com.br/index.php/ciencia-ef/canais-cienciaef/fisiologia/22632-falta-de-sono-afeta-tanto-o-sistema-de-defesa-quanto-estresse

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Obesidade e Sistemas de recompensas cerebrais

Uma pesquisa recente destinada a entender os mecanismos neurológicos relacionados a obesidade e os sistemas de recompensas cerebrais, localizados na região de “região medial” do cérebro promoveu uma nova forma de se enxergar a obesidade enquanto doença.
Os pesquisadores utilizaram técnicas de manipulação genética para testar a reação dos ratos à superexpressão de uma proteína relacionada ao circuito de recompensas cerebrais e sua relação com hábitos alimentares e comportamentos como agitação e tendência ao consumo de drogas, neste estudo específico, a substancia estudada foi a cocaína.
Os resultados do estudo indicaram que os mesmos neurônios responsáveis pelo controle da fome, também são responsáveis por controlar a predisposição a outros hábitos/comportamentos como a busca constante por novidades e tendência ao consumo de cocaína.
Essa descoberta faz a obesidade e a superalimentação decorrente deste distúrbio serem vistas sob a ótica de um comportamento semelhante ao uso de drogas, classificando o excesso de alimentos como uma forma de dependência química.
Além disto, ela reforça a presença de outros fatores, além do aspecto/evento químico essencial, nesse caso a superexpressão de uma proteína,na ocorrência da obesidade, já que neste estudo, alguns dos  roedores permaneceram magros após este evento, porém, em compensação,tendiam a uma maior “inquietude” e consumo de cocaína.
Até breve,
@Gregnani85
Fonte: http://scitechdaily.com/new-research-on-the-relationship-of-obesity-and-increased-drive-of-the-reward-circuitry/

  

sábado, 7 de julho de 2012

Natação e Saúde do Osso

Um conceito  bem estabelecido no meio da atividade física é que a melhora da saúde óssea está relacionada a execução de exercícios que promovam impacto e trabalhem com sustentação do peso corporal.
Dessa forma, os exercícios realizados no meio aquático não parecem ser uma atividade indicada/eficaz quando nosso objetivo é melhorar este componente da composição corporal.
Porém, um estudo publicado em 2007 lançou novas perspectivas sobre as relações entre as práticas esportivas aquáticas e a manutenção/melhora da massa óssea.O estudo em questão comparou atletas juvenis de futebol e nadadores em relação as suas características de densidade e estruturas internas ósseas.
Diferentemente de outros estudos, além de utilizar a densidade óssea como parâmetro de mensuração, eles utilizaram também outra técnica, que leva em conta a espessura do osso e sua arquitetura interna, que era um fator desprezado em outros estudos e que influi também na capacidade do osso de suportar as cargas impostas.
Os resultados deste estudo não demonstraram diferenças significativas entre os 2 grupos em relação a arquitetura interna do osso.Esse resultado, que já tinha sido observado em 2 outros estudos com grupos semelhantes, indica que, ao menos quando se fala de adaptações a longo prazo e de um treinamento de uma intensidade relativamente alta, por conta da amostra ser de atletas competitivos com um lastro de treino de no mínimo 8 anos, parece que os esportes aquáticos também podem promover benefícios para a saúde óssea, ainda que não influam diretamente sob sua espessura.
Até breve,
@Gregnani85

sábado, 30 de junho de 2012

Causas da Lombalgia em corredores

O número de pessoas que pratica corridas de rua no Brasil vêm aumentando ano a ano. Até o início desta década, eram menos de 100 provas anuais. Atualmente, são mais de 600 corridas todos os anos. Estima-se que existam no país mais de quatro milhões de corredores, sendo que pelo menos 300 mil disputam corridas de rua.

A corrida é um esporte que não exige habilidade específica, como outras modalidades, por isso qualquer um, teoricamente, pode iniciar treinos de corrida, ou até mesmo participar de uma prova.

Entretanto, é preciso ter boas condições de saúde e um preparo físico necessário para iniciar a corrida, como também qualquer tipo de atividade física

É preciso ter boas condições de saúde e um preparo físico necessário para iniciar a corrida

A lombalgia (dor coluna lombar) é uma das principais queixas entre os corredores. A corrida é uma atividade física que depende da ação da musculatura do tronco para mantê-lo dentro de uma postura correta durante um longo período de tempo. A coluna lombar funciona como ponte de que transmite forças entre os membros inferiores e o tronco, fazendo movimentos básicos de flexão, extensão e rotação.

Por isso a dor ocorre por um problema mecânico. Os músculos não estão suficientemente alongados para permitir uma amplitude total de movimentos do tronco e quadril, e, dessa forma, sofrem mínimas lesões por estiramento durante posturas inadequadas ou movimentos bruscos, resultando em uma resposta de espasmo muscular.

Vários fatores contribuem para o surgimento da lombalgia mecânica em corredores, como o desequilíbrio das forças entre os grupos musculares flexores e extensores do tronco; cargas repetidas ou excessivas na coluna lombar; vícios de postura durante a corrida; menor flexibilidade nos grupos musculares do tronco e membros inferiores; intervalos curtos de descanso entre treinos; fadiga muscular; aumento do treinamento; além de treino em pisos rígidos e tênis inadequado.  

Prevenção

A prevenção das lombalgias se dá através de exercícios de alongamento que devem ser feitos de forma contínua e progressiva, sem sobressaltos, até o limite da dor, quando o atleta deve permanecer na posição alongada durante 20 a 30 segundos, preferencialmente sentado e trabalhando tanto os músculos dos membros superiores quanto inferiores. 
Os exercícios de fortalecimento devem envolver a musculatura paravertebral, pélvica como também toda musculatura abdominal (musculatura do CORE). Estes exercícios, são importantíssimos para a proteção da coluna, além disso, o excesso de peso na região abdominal é outra causa na ocorrência das lombalgias, pois muda o centro de gravidade do corpo, exercendo sobrecarga constante sobre a lombar e facilitando o surgimento de lesões, principalmente nas atividades de impacto como a corrida. Se suas dores forem persistentes, deverá procurar seu médico.


Até breve,
@Gregnani85
Fonte: http://www.educacaofisicaa.net/2012/03/erros-na-hora-de-correr-podem-causar.html

quarta-feira, 30 de maio de 2012

O que é Deficit de força?

Quem treina a algum tempo ou trabalha na sala de musculação já deve ter observado um fenômeno que ocorre quando realizamos exercícios em aparelhos em que utilizamos os dois membros tanto superiores quanto inferiores para executar o movimento ou de forma ainda mais visível em exercícios com barras ou mesmo pesos livres executados de forma simultânea.O fenômeno ao qual me refiro é o de termos a “sensação” e as vezes até podermos visualizar por assimetria dos implementos que “fazemos mais força” com um dos membros.
Na verdade não é apenas uma sensação, existe um fenômeno fisiológico denominado “Déficit de força Bilateral” que é responsável por esta resposta.Ele pode ser enunciado ou resumido na observação de que a soma da produção de força entre os dois segmentos do corpo é sempre menor que a soma dos valores que podem ser produzidos quando os segmentos são trabalhados de maneira individual.
Em termos práticos, se eu realizo uma rosca direta com 25 kg de cada lado, e realizar o mesmo movimento de forma unilateral, conseguiria realizar o movimentos com uma carga superior a este peso em cada braço.
A explicação deste Déficit é de ordem neural:os estímulos neurais para a contração muscular são controlados de forma cruzada pelos hemisférios cerebrais, e quando se faz o trabalho bilateral, neste “cruzamento” de descargas sinápticas, uma parte do sinal “se perde”, o que resulta em menor produção de força.Esse mecanismo fisiológico teria como finalidade a proteção das articulações contra uma tensão excessiva.
Este déficit pode ser reduzido utilizando a estratégia de usar exercícios que trabalham o corpo bilateralmente, pois com o passar dos treinamentos, essa interferência/inibição do recrutamento de unidades motoras tende a diminuir.
Até breve,
@Gregnani85

sábado, 26 de maio de 2012

Atividade Física preserva o funcionamento cerebral

 Estamos acostumadas a incluir a atividade física em nossas orientações de saúde.  Não há dúvidas dúvidas sobre seus benefícios ao coração,  ao peso corporal e seus poderes em definir e remodelar músculos.  A novidade revelada recentemente diz respeito a potenciais simplesmente fantásticos do exercício físico.  Exercitar com regularidade pode proteger a atividade cerebral relacionada à inteligência e memória.

Também já sabíamos que exercitar regularmente melhora o humor e a disposição. Mas não é nada disso que estamos falando.  A questão agora é função cerebral, algo que vem preocupando todos nós, com a grande frequência de pessoas com demência senil ou doença de Alzheimer,  com a perspectiva de longevidade dos povos.

As recomendações atuais para a proteção da memória são ligadas ao próprio exercício da memória como leitura, palavras cruzadas e novos aprendizados como uma língua estrangeira ou música. O que ficamos sabendo agora  é que exercitar fisicamente com regularidade tem um efeito mais importante que o próprio exercício do pensamento e que seus benefícios cerebrais são mais evidentes que aqueles que ocorrem nos músculos.

Sabemos que a função cerebral declina com o desuso e com a idade. Ocorre inclusive redução do volume cerebral, o que revela a perda irreversível de neurônios. O exercício físico parece evitar ou retardar esses efeitos do envelhecimento cerebral.

Os mecanismos da proteção cerebral exercidos pela ginástica ainda são desconhecidos, mas sabe-se que não precisamos chegar à exaustão, uma vez que uma simples caminhada ou pedalada com regularidade pode exercer o efeito protetor desejado, fazendo com que nosso cérebro possa acompanhar a longevidade que temos alcançado em nosso corpo.
Até breve,
@Gregnani85

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Números de séries e repetições na musculação

Este é mais um tema recorrente sobre o qual nós profissionais da área somos constantemente questionados pelos alunos.O número de séries e repetições em um determinado exercício e na sessão de treinamento como um todo determinam as variáveis pelas quais o treinamento é manipulado e periodizado.
A primeira variável, determinada diretamente pelos números descritos na ficha de treinamento é seu volume de treino, que pode ser definido de forma simples como a quantidade de trabalho realizada dentro da sessão de treino.Portanto, dentro de um determinada sessão de trabalho, ele será determinado pelo numero de séries multiplicado pelo número de repetições .
Geralmente utilizam-se volumes relativamente altos de repetições para desenvolver as capacidades ligadas a resistência muscular e para trabalhos resistidos voltados para auxiliar o processo de emagrecimento, dando origem aos populares “3x15,3x20”.
Por outro lado,  em treinamentos para desenvolver força e hipertrofia (aumento de massa muscular)  as estratégias mais adotadas tendem a volumes mais baixos, por diversos motivos hormonais e neurais, os quais serão melhor definidos a seguir, dando origem as não menos populares “3 ou 4 x8/10”.
A segunda variável definida de forma indireta pelo número de repetições e séries que se utiliza é a intensidade do treinamento.A ideia é bem simples:quanto mais longo o trabalho, menos carga eu consigo movimentar, e vice-versa.
Quando se busca desenvolver  força e favorecer a hipertrofia muscular, a carga(peso) com que se realiza os exercícios é um dos indicadores da intensidade de treino, explicando assim a “preferência” por menores volumes em comparação com os treinamentos de resistência, procurando enfatizar mais a intensidade dos exercícios.
Portanto, o número de séries e repetições não é algo de gosto pessoal do professor, nem representa nenhuma superstição, existe uma base metodológica para utilizar este ou aquele número de repetições.Outra informação importante em relação as repetições é que estes números também não são representações fixas, são números que representam faixas de repetições dentro das quais determinada capacidade ou adaptação fisiológica é mais favorecida, dando a esta numeração um caráter didático para orientação dos alunos.
Até breve,
@Gregnani85

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Exercício Físico:quantidade ou qualidade?

Desde que aumentou e foi difundida a prática de atividades físicas em academias, não é raro ouvirmos relatos de pessoas que passam horas do seu dia em treinos intermináveis.Provavelmente por conta de alguns destes relatos serem de pessoas da mídia, que são muitas vezes consideradas estereótipos de beleza, criou-se a ideai de que “quanto mais tempo na academia melhor”.
A ciência vem demonstrando nos últimos anos que não é bem assim.A quantidade de tempo gasto em atividades físicas e sua somatória semanal, mensal e anual é chamada de volume de treino, que se relaciona inversamene com a intensidade, a qual tratarei no final deste texto, que seria definida popularmente por “quão pesado é o seu treino”.
O volume de treino excessivo tem sido relacionado a consequências ruins como o overreaching/overtraining e as lesões/fratura por estresse.
A síndrome do overtraining é um estado permanente de falta de adaptação do organismo às demandas impostas pelo treinamento.Ela é caracterizada por queda constante e acentuada do sistema imune, perda de rendimento esportivo e abalos emocionais.
As fraturas por estresse são também chamadas de “lesões por overuse”  e no meio esportivo são muito comuns em praticantes de corrida, caracteriza-se por dor intensa em uma região óssea específica, necessitando que o praticante pare de faze3r atividades físicas e passe por um processo de recuperação/reabilitação antes de poder voltar a praticar o esporte.
Por estes motivos, já seria possível inferir que treinar com volumes exagerados de exercício não é uma boa escolha, porém, há ainda mais uma boa razão para não abusar da quantidade de exercícios.
Entre os alunos que frequentam as academias, é possível afirmar que ao menos 95% deles estão interessados em alcançar objetivos relacionados a aumento de massa magra ou diminuição do percentual de gordura/emagrecimento.
Apesar de sua utilização ser dimensionada de forma diferente nos treinamentos para os dois objetivos citados acima, os exercícios com uma maior intensidade são os mais indicados para o alcance de ambos.
Como citei anteriormente, a intensidade do esforço é inversamente proporcional ao volume, portanto treinos mais curtos permitem que você mantenha uma intensidade mais alta, o que fará com que você alcance seus objetivos mais rápido e com mais segurança.
Importante ressaltar que assim como o volume, a intensidade deve ser dosada na medida certa, dentro de parâmetros quantitativos que devem ser definidos pelo professor de acordo com as possibilidade de cada aluno!
Portanto, tratando-se de exercício físico, também vale o slogan:”Aprecie com moderação”!
Até breve,
@Gregnani85

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O que é melhor?correr descalço ou de tênis?(parte6)

O problema:nem todos os estilos de corrida descalço são iguais, e as  são extremas
Então, a questão está resolvida certo?O melhor caminho a tomar é correr descalço, não?Teoricamente, sim.O problema é que esta mudança dos calçados para correr descalço envolve um risco significante e o estudo desse autor demonstrou as razões.
O fato é que se você não tiver cuidado,  sua nova escolha aumentará o nível de carga e as forças de impacto, porque você corre mal sem a elasticidade que dissipa as forças no calçado.Então o que temos é que as pessoas que correm habitualmente com calçados colocam seu apoio sob os calcanhares.
Já quando se fala em pessoas com o hábito de correr descalças, se observa que cerca de 90% correm com o apoio no antepé ou no meio do pé e usufruem dos benefícios da eliminação do impacto.
Porém, quando se analisa um grupo de pessoas que não está acostumado a correr descalço realizando o exercício nessas condições, 83% deles que estão acostumados com o apoio nos calcanhares utilizado nos calçados mantém esse mesmo apoio quando estão correndo descalços.
As mensurações desse grupo demonstram que as forças de impacto a que eles são submetidos são as maiores entre os três grupos.Mas a maior diferença vem quando se analisa para a transição de impacto e o nível inicial de carga.
Como mencionado anteriormente, se você corre descalço e não está acostumado a isso, o seu apoio se encontra nos calcanhares.E o resultado dessa combinação é um nível de sobrecarga/impacto sete vezes maior que correndo com calçados no mesmo terreno.
Se a teoria nos mostra através de estudos que a transição de impacto e o nível de sobrecarga estão relacionados com um maior risco de lesões, então o que isso mostra é que pessoas acostumadas com calçados que vão correr descalças(talvez seguindo o que ouviram alguém falar) estão se expondo a um alto risco de lesão como resultado de um aumento muito grande da sobrecarga.
Então aqui está o primeiro problema-a proposta de redução do risco de lesão(que faz sentido) é dependente da técnica.Se você possuí-la, e isso significa se  apoiar no antepé, a transição de impacto e o nível de sobrecarga será menor.Mas se correr da forma errada, as consequências podem ser sérias (apesar de mais pesquisas serem necessárias neste ponto).
Até breve,
@Gregnani85
Fonte:Traduzido de http://www.sportsscientists.com/2011/06/barefoot-running-shoes-and-born-to-run.html
  

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O que é melhor?correr descalço ou de tênis?(parte5)

A evidência a favor da corrida descalço
Mas a teoria necessita de evidencias.E algumas vieram do autor Lieberman e foram publicadas na revista Nature no ano passado.Ele analisou a corrida descalço e com calçados sob o angulo da importancia da familiaridade (que pode determinar a habilidade de correr descalço), o que poderia ter um efeito importante na mecânica da corrida (o que afeta as forças de impacto).
Ele testou 2 grupos, 1 que habitualmente usava calçados e o outro que estava acostumado a correr descalço.O estudo resultou em diversos dados que demonstravam claramente os conceitos se relacionando com a prática.
O primeiro dado diz respeito a força medida em um único contato com o solo em uma pessoa descalça e uma calçada.O ponto mais importante de ser notado é que existe um pico na produção de força da magnitude de 2 vezes o peso corporal dentro dos primeiros 50 ms de contato com o solo.Essa transição de impacto representa um súbirto aumento da força, e sabe-se que a taxa com que a força é aplicada e a magnitude dessa força está associado a lesões, em particular lesões por estresse na tibia.

    Calçados-Espalhando a carga
O conceito dos calçados é que eles trabalham para dissipar o impacto, absorvendo parte da força e reduzindo tanto a magnitude quanto a taxa de aplicação das forças.Porém observa-se na condição descalço que alguns indivíduos que utilizam apoio no antepé anulam a tão temida transição de impacto, pois a pisada no antepé permite que o pico de impacto seja absorvido pela panturilha, tornozelo e tendão de Aquiles e o resultado é um perfil mais suave, e níveis significantemente reduzidos de sobrecargas e incidência de forças.
Até breve,
@Gregnani85
Fonte: Traduzido http://www.sportsscientists.com/2011/06/barefoot-running-shoes-and-born-to-run.html

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O que é melhor?correr descalço ou de tênis?(parte4)

Calçados e Lesões
Uma das principais fonte de evidencias é exatamente a ausência delas.O fato é que não há um único estudo que demonstre que os calçados reduzem o risco de lesões.De fato, existem agora evidências que o risco de lesão permanece inalterado, talvez ainda mais alto nos calçados mais caros.O nível de lesões não diminuiu nada desde 1970, período em que foi vista a explosão da industria de calçados para corrida-de volta aos anos 70, os calçados se assemelhavam aos minimalistas de hoje, porém algo como 70% dos corredores tinham lesões, assim como ocorre hoje.
Existem estudos demonstrando que corredores que utilizam os tenis mais caros/sofisticados são os que mais se machucam, ainda quando são feitas correções pela distãncia ou histórico prévio de lesões.
Existem também evidencias de que prescrever o calçado de acordo com o formato do pé(grandes arcos pedem calçado neutro, pés planos requerem calçado com controle de movimetação) não tiveram nenhum efeito sobre o risco de lesão numa amostra de 2000 militares.
Então, a conclusão disso não é favorável aos calçados.Existem muitas coisas confusas e não tão bem explicadas em relação a esse tema, nos fazendo ter que tomar cuidado para não condenar os calaçados, mas a falta de evidencia a favor dos calçados corrobora com a ideia de que talvez devessemos dispensar os tenis e confiar em nossos pés.
Até breve,
@Gregnani85
Fonte:Traduzido de http://www.sportsscientists.com/2011/06/barefoot-running-shoes-and-born-to-run.html

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O que é melhor?correr descalço ou de tênis?(parte3)

Termoregulação, sucesso em resistência e caçada persistente
Alguns dos motivos mais importantes para sermos tão bons em resistência está relacionado a termoregulação. Nós somos bípedes (o que nos torna mais lentos), mas a linearidade é vantajosa em nos auxiliar a perder calor e absorver menos radiação solar.Nós somos pequenos, temos menos pêlos, e o mais importante, nós podemos transpirar.
Isso permite que nos exercitemos em cargas de trabalho muito longas sem alcançar o que agora é conhecido por ser o fator que nos leva a fadiga, ou seja, um ponto crítico de temperatura.Isso é um fato também para outros animais que também são forçados a parar o exercício, porém, em uma temperatura mais baixa.E os animais realmente não perdem calor enquanto correm-eles tem que se chacoalhar para perder calor, o que não é possível enquanto se exercitam.Então, correndo na mesma velocidade, nós temos uma grande vantagem térmica.
Tudo isso combinado encabeça a teoria da caçada persistente, aonde os humanos são hábeis para caçar por ultrapassar a presa pretendida após horas e não segundos.Existem alguns poucos vídeos demonstrando isso-o caçador seleciona para caçar a parte mais quente do dia, e então identifica o maior animal e corre após esse processo.Após poucos segundos, não há confronto, e o caçador apenas continua correndo, levando o animal para longe da sombra e o colocando contra o sol.
Isso continua por horas, mas eventualmente, a fisiologia vence e o animal alcança a temperatura crítica.Se você já prevê o que acontece nesse ponto, você imagina a cena-o animal cambaleia como se estivesse bêbado, perdendo o controle motor e eventualmente, ele simplesmente “congela” completamente, caindo diante do caçador que irá matá-lo.
Qual a relevância de tudo isso, você pode estar se perguntando.Bem, isso encabeça a teoria da corrida descalço, pois os autores argumentam que os humanos foram feitos para longas distâncias-esse é o estado essencial e “normal”. Por extensão, utilizar calçados é “anormal”, e então devemos retornar ao que nós fomos criados para ser-corredores de longa distância sem tênis.E neste ponto, é que começam a aparecer as evidencias.
Até breve,
@Gregnani85
Fonte:Traduzido de http://www.sportsscientists.com/2011/06/barefoot-running-shoes-and-born-to-run.html

sábado, 7 de janeiro de 2012

O que é melhor?correr descalço ou de tênis?(parte2)

A teoria: “Nascidos para correr”-nossa sobrevivência foi dependente da capacidade de resistência
A corrida descalço é fascinante porque ela tem provocado um grande impacto em geral.E grande parte deste impacto começou a ser gerado a partir do livro “Born to run” de Cristopher MacDougall.Ele relata a história dos índios Tarahumara e contém capítulos que citam alguns episódios e conceitos da prática da corrida sem o uso de calçados.
A premissa principal por trás da corrida sem calçados é a teoria de que nós fomos projetados para cobrir longas distãncias.A primeira publicação de impacto na área de ciência do esporte sobre o tema foi “corrida de resistência e a evolução do homo”, aonde o autor apresentou a evidência anatômica que os humanos são os melhores corredores de longa distância.Vamos encarar isto:como velocistas somos ruins.Ainda que Usain Bolt corra com a metade da velocidade de muitos mamíferos grandes.
Portanto, se nossa sobrevivência como caçadores dependesse de nossa habilidade de perseguir e pegar a presa, nós seríamos fracassados pela nossa deficiência em velocidade.Isso se justifica por muitos fatores que estão sendo pesquisados e dizem respeito a diferenças musculares e metabólicas entre humanos e outros animais, porém isso é um tema para outro artigo.
Resumindo, ocorre que como não tinhamos armas de fogo até muito recentemente em se tratando de história da humanidade, tínhamos que caçar as presas de perto.Mas felizmente nossa sobrevivencia não depende da nossa habilidade de sprint, o que ela requer é a resistência e nesse quesito somos os melhores.
Até breve,
@Gregnani85
Fonte:Traduzido de http://www.sportsscientists.com/2011/06/barefoot-running-shoes-and-born-to-run.html

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O que é melhor?correr descalço ou de tênis?(parte1)

Feliz ano novo a todos!!!O blog vai voltando de férias, iniciando o ano com uma "série" de posts que traduzi de um blog americano que discorre sobre um assunto interessante:correr descalço, isso mesmo, esquecer os tênis com super-amortecimentos e voltar a nossa condição natural.Dentro do artigo são explicadas as bases da teoria e os "prós e contras" que podem advir desta prática.Boa leitura e bom ano a todos!!!
                                               Introdução
A área de conhecimento sobre a corrida descalço tem avançado bastante nos últimos anos.Recentemente um grupo de pesquisadores fez um trabalho fascinante sobre o conceito de corrida descalço em corredores acostumados a correr calçados e nos acostumados a correr descalços, e este é o foco deste post, ao longo do qual alguns conceitos por trás da prática da corrida descalço são discutidos.
                     Nem apenas uma mania, e certamente não apenas para um nicho
Existem muitas pessoas que rotularam a corrida descalço como uma mania.E muitas outras rotularam como um conceito de nicho, sendo praticada por um pequeno numero de corredores.Isso é apenas parcialmente verdadeiro. Se você pensa que a correr descalço não tem nada a ver ou acrescentar para você, pense melhor.Você pode não ter jogado fora seus tênis, porém a verdade é que os tênis que você utiliza para correr já estão sendo influenciados por conceitos que derivam da mecânica da corrida sem calçados.
Isso ocorre porque na última década, muitas evidencias foram demonstradas contra os calçados, o que provocou uma mudança na indústria.Investimentos pesados em calçados com “controle de movimento” foram realizados, reposicionando esses modelos como “calçados que simulam a corrida descalço”.
A Nike foi a primeira empresa a apostar neste segmento de calçado, o que foi provocado pelo episódio relatado a seguir:Um famoso técnico colegial teria sido responsável por isso pois teria dito a um representante da Nike que foi assistir ao treino do time que seus atletas se sentiam mais confortáveis correndo descalços.
O representante correu até o Q.G, falou das preferências dos atletas e ai se iniciou a mudança.Atualmente, quase todas as fábricas estão focando em calçados minimalistas.Logicamente, existem ainda os teimosos (poucos), mas todo o mercado foi revolucionado, não há duvidas sobre isso.A causa de todo este esforço é por conta da grande discussão em torno da corrida se localizar sobre a relação dos calçados ao risco de lesões, portanto, mesmo pra quem corre calçado, estas informações sobre a corrida descalço são relevantes.

Até breve,
@Gregnani85
Traduzido de:http://www.sportsscientists.com/2011/06/barefoot-running-shoes-and-born-to-run.html